quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Autonomia

“Com 2 anos, a criança passa por uma fase que talvez evoque o primeiro desejo de independência do outro. “É a época do ‘é meu, não dou, sai daí’”, diz Sandra. “É uma fase egocêntrica: o outro é visto como uma ameaça”, diz. Acontece que muita gente parou emocionalmente por aí e acha que isso é independência. Sua noção de autonomia está circunscrita justamente ao “é meu, não dou, sai daí”. Espero que não seja o seu caso.
Independência não é levantar a crista e expulsar o outro da nossa vida. Esse é um desejo de autonomia pueril. Talvez a própria etimologia da palavra mostre o que ela é, pois está apoiada na palavra latina pendere, “se inclinar na direção de”. O ser independente está ereto, inteiro, não precisa se curvar na direção de ninguém. Isso não signifi ca que ele não possa se relacionar, ceder ou negociar. Só que, ao fazer isso, não perde a si mesmo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

As cinco lembranças

O Buda recomenda que recitemos as "Cinco Lembranças" todos os dias:
1) Eu tenho a natureza daquilo que envelhece. Não há como escapar da velhice.
2) Eu tenho a natureza daquilo que adoece. Não há como escapar da doença.
3) Eu tenho a natureza daquilo que morre. Não há como escapar da morte.
4) Tudo o que me é caro e todoas as pessoas a quem eu amo têm a natureza daquilo que muda. Não há como não me separar delas.
5) Minhas ações são meus únicos pertences verdadeiros. Não há como escapar das consequências de minhas ações. Minhas ações são o chão no qual eu piso.
As Cinco Lembranças nos ajudam a lidar com nosso medo de envelhecer, de ficarmos doentes, de sermos abandonados e de morrer. Essas lembranças também funcionam como uma campainha da atenção plena, que nos ajuda a apreciar melhor as maravilhas disponíveis aqui e agora.

retirado do livro: A essência dos ensinamentos de Buda, autor Thich Nhat Hanh, pág 148

Que este ano seja um ano de presença!