domingo, 31 de maio de 2009

Mensagem das águas



Sobre a influência dos nossos pensamentos nas moléculas de água, vale a pena ver esse vídeo, trecho do filme (muito bom!) quem somos nós.



quinta-feira, 21 de maio de 2009

Jeito Vik Muniz de Ser

Fui à exposição de Vik Muniz, no Masp http://masp.uol.com.br/ . Recomendo, principalmente pela reflexão que tais obras suscitaram. Vik Muniz usa materiais inusitados para produzir seu trabalho. É incrível quando ele faz isso com diamantes, porém suas produções com materiais tirados de lixões me deixaram boquiaberta. E ele não para por aí, usa poeira, açúcar, terra, geléia, chocolate, a lista é enorme.
Ao caminhar de uma obra a outra fui tomada por um encantamento, uma leveza... Sim, volto a dizer, as obras são muito interessantes... E à medida que eu caminhava ia entrando em contato com novas possibilidades. Novas possibilidades de se relacionar com o mundo e assim comigo mesma. Por que algo que se come deve sempre ser usado pra isso, ser sempre visto como alimento? Por que algo feio, sujo como o lixo não pode produzir algo lindo? Isso é ecologia pura, a reutilização de materiais para diminuição do lixo que vem sido pregada há tempos. Diante daqueles materiais por hora bizarros, outro pensamento surgiu: para lindas produções, são necessários materiais perfeitos?
E internamente, como fica isso? Será que não é possível olhar para algum lado meu considerado feio, de outra maneira? Não poderia eu, usar tal característica tão rechaçada num novo contexto, num contexto no qual ela não seria tão terrível? Será, ela, tão asquerosa assim? Aqui o perfeccionismo traduzido pela escravidão das normas ditadas pela sociedade pode ser novamente contestado, revisto, reelaborado... Vik Muniz compõe suas obras até com poeira! Boa lembrança para aqueles momentos em que nos sentimos pior que o nada...
Pra mim ficou uma sensação de liberdade e um recadinho: tenha um pouco mais de criatividade no olhar sobre você mesmo, você pode estar sendo muito óbvio. É muito profundo? Que tal usar isso para se expressar artisticamente? Como você é tudo preto no branco, todo mundo reclama que não tem meio termo? Que tal ajudar no controle das finanças da família? Gosta de ficar pensando na morte da bezerra? Que tal trabalhar com realidade virtual? Não consegue acordar cedo? Comece sua agenda só no período da tarde. É possível integrar algumas partes reprimidas, suprimidas ou esquecidas mudando o jeito de olhar e se relacionar com elas, outras realidades são possíveis.


Um abraço e até a próxima,
Sandra


terça-feira, 12 de maio de 2009

Como “silenciar” os pensamentos?



Swami Dayananda Saraswati




Esta é a típica pergunta mal formulada. O que você quer: silêncio ou conhecimento? Para que você quer o silêncio? Por quanto tempo você quer esse silêncio? Você acha que ele irá resolver seus problemas? Saiba que, no melhor dos casos, você os deixa para mais tarde. Quando você dorme, aliás, os pensamentos estão em silêncio, mas os problemas não são resolvidos.



Para que você quer o silêncio, então? O que resolve mesmo todas as questões, o sofrimento, as dúvidas, a tristeza e demais emoções destrutivas, é o autoconhecimento, é compreender quem você é. Nada mais. Todos os pensamentos estão centrados no ego. A mente é a voz do ego. A mente é o material do ego pensando, duvidando, desejando ou rejeitando.



Não é necessário “silenciar a mente”. É preciso sim, compreender quem você é, e que tipo de mente você precisa cultivar: uma mente objetiva e tranqüila. Pare de repetir como um papagaio coisas que você ouviu por aí.



Ouça esta estória: um jovem vê um caçador na floresta, carregando vários pássaros para levar ao mercado. Avisou para um papagaio que o caçador estava por perto. E pediu para o papagaio avisar às demais aves. O papagaio começou a gritar: O caçador está por perto, tomem cuidado! Todos os pássaros, por sua vez, começaram a repetir o mesmo: O caçador está por perto, tomem cuidado! Conclusão, como os demais repetiam sem pensar no que estavam dizendo, acabaram por ser pegos pelo caçador.



Moral da estória: não fique repetindo por repetir palavras bonitas mas vazias, que você ouve por aí. Pode ser contraproducente.



Satsang com Swamiji em abril de 2009. Transcrito por Pedro Kupfer.